Na última sexta-feira (13), a saída de Boninho da TV Globo, após seis décadas de carreira, surpreendeu os telespectadores e o mercado. Em um comunicado divulgado nas redes sociais, o diretor afirmou que sua saída foi um desfecho amigável e de comum acordo com a emissora.
Contudo, informações de bastidores revelam um panorama mais complexo e conturbado. A relação de Boninho com a Globo já vinha se desgastando, especialmente com a ascensão de Amauri Soares ao cargo de novo "todo-poderoso" da emissora carioca, fato que não foi bem recebido pelo veterano diretor.
A tensão entre Boninho e Amauri Soares, que ganhou destaque após a promoção de Soares em 2023, foi um dos principais fatores para o declínio da carreira de Boninho na Globo. Em 2022, a perda do comando das edições especiais do "Som Brasil" foi um golpe significativo para Boninho, que já enfrentava uma série de fracassos.
Programas como "Pipoca da Ivete" e "Casa Kalimann" não conseguiram emplacar como esperavam, e Boninho viu a oportunidade de liderar o "Som Brasil" como uma forma de recuperar sua reputação dentro da emissora. No entanto, o fracasso do projeto "Estrela da Casa" em 2023 apenas agravou sua situação.
A decisão da Globo de não renovar o contrato de Boninho para 2025 foi precipitada pela combinação de baixa audiência de seus últimos projetos e o crescente descontentamento da cúpula da emissora. Embora Amauri Soares tenha oferecido a Boninho um novo cargo artístico, onde ele teria mais visibilidade, o diretor recusou, interpretando a oferta como um prêmio de consolação e um sinal de rebaixamento. Assim, o desfecho da carreira de Boninho na Globo reflete uma série de desentendimentos internos e uma série de fracassos que culminaram em sua saída definitiva da emissora.
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