A advogada Adélia Soares, conhecida por representar a influenciadora Deolane Bezerra, está no centro de uma investigação policial que revela um esquema complexo de falsidade ideológica e associação criminosa.
Segundo uma reportagem exibida pelo Fantástico, a Polícia Civil do Distrito Federal está apurando o envolvimento de Soares com uma máfia chinesa responsável por operar jogos ilegais no Brasil. A investigação apontou que Adélia Soares teria facilitado o uso de 546 CPFs falsos, incluindo identidades de pessoas já falecidas e até mesmo de indivíduos fictícios, para movimentar mais de R$ 2 bilhões entre setembro de 2022 e julho de 2024.
O delegado Érick Sallum, responsável pelo caso, revelou que a organização criminosa usava esses documentos fraudulentos para transferir dinheiro para fora do Brasil de maneira ilegal. Entre as evidências encontradas estão registros de CPFs de crianças e de pessoas falecidas, além de identidades inventadas.
Adélia Soares é acusada de abrir uma empresa, a Playflow Processadora de Pagamentos Ltda, para permitir que a máfia chinesa operasse seus esquemas ilícitos no país. A empresa, que tem ligações com a Peach Blossom River Technology Ltd, está registrada em um paraíso fiscal, as Ilhas Virgens Britânicas.
Em resposta às acusações, a defesa de Adélia Soares emitiu uma nota negando todas as alegações e afirmando que a advogada é vítima de um golpe. Segundo a nota, o nome de Soares foi usado de forma indevida por terceiros para realizar atividades criminosas. A equipe jurídica de Soares insiste que as acusações são infundadas e que a advogada está sendo injustamente implicada no esquema, ressaltando que ela não tem relação com as ações ilegais que estão sendo investigadas.
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