O Brasil se despede do lendário boxeador José Adilson Rodrigues dos Santos, o icônico Maguila, que faleceu aos 66 anos, após anos de luta contra a Encefalopatia Traumática Crônica, conhecida como Demência Pugilística.
A notícia foi confirmada por sua esposa, Irani Pinheiro, nesta quinta-feira (24). Maguila, que deixou uma marca no boxe nacional e se consolidou como um dos maiores pugilistas do país, enfrentava desde 2013 os efeitos dessa doença neurodegenerativa, causada por repetidos traumas na cabeça, consequência direta de sua intensa carreira nos ringues.
Irani revelou que o ex-lutador passou seus últimos 28 dias internado, após descobrir um nódulo no pulmão, uma condição que intensificou seu quadro de saúde já fragilizado. “O Maguila estava há 18 anos com encefalopatia traumática crônica... Há 30 dias, foi descoberto um nódulo no pulmão, ele sentiu muitas dores no abdômen, tiraram dois litros de água do pulmão, mas não conseguimos fazer a biópsia”, disse a esposa em entrevista à Record TV.
Embora a causa exata da morte ainda não tenha sido divulgada, o quadro avançado da doença e suas complicações marcaram o fim da trajetória de um dos mais emblemáticos esportistas brasileiros.
Conhecida como “Síndrome do Boxeador”, a Encefalopatia Traumática Crônica afetava Maguila de forma severa, comprometendo gradualmente sua memória, comportamento e cognição. Durante seus últimos anos, ele enfrentou períodos de desorientação e episódios de agressividade, comuns nos estágios avançados da doença. O adeus de Maguila marca não só o encerramento de uma era para o boxe nacional, mas traz à tona os riscos invisíveis dessa profissão tão exigente, destacando o preço pessoal que ícones do esporte pagam ao longo da vida.
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