O cantor sertanejo Leonardo, um dos nomes mais conhecidos da música brasileira, teve seu nome incluído na “lista suja” do trabalho escravo, divulgada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A revelação chocou o país e expôs condições degradantes em uma de suas fazendas.
Uma fiscalização realizada na Fazenda Talismã, localizada em Jussara, Goiás, constatou que seis trabalhadores viviam em condições análogas à escravidão. O relatório do MTE descreve um cenário de total descaso com a dignidade humana, com trabalhadores alojados em um local precário, infestado por morcegos e com a presença de fezes de animais.
Os alojamentos improvisados, sem banheiros e com camas feitas de tábuas de madeira e galões de agrotóxicos, eram um verdadeiro pesadelo. A falta de higiene era evidente, com a presença de formigas, cobras, escorpiões e uma infestação de morcegos, cujas fezes cobriam o chão e as paredes. Os trabalhadores eram obrigados a utilizar árvores próximas como banheiros, devido à falta de sanitários adequados.
Diante das denúncias, Leonardo se defendeu, alegando que a fazenda estava arrendada e que ele não tinha conhecimento das condições de trabalho dos empregados. No entanto, a inclusão de seu nome na “lista suja” manchou sua imagem e gerou um grande debate sobre a responsabilidade dos proprietários rurais pelas condições de trabalho em suas propriedades.
O caso de Leonardo serve como um alerta para a persistência do trabalho escravo no Brasil, mesmo em grandes propriedades rurais. A exposição das condições subumanas a que os trabalhadores foram submetidos evidencia a necessidade de fiscalização mais rigorosa e de punições mais severas para os responsáveis por esses crimes.
You must be logged in to post a comment.