20 funcionários são demitidos de UPA onde homem morreu aguardando atendimento; médicos estão na lista
Após a morte de José Augusto Mota da Silva, enquanto aguardava atendimento na UPA da Cidade de Deus, a prefeitura do Rio de Janeiro demitiu 20 funcionários, incluindo médicos e enfermeiros. A decisão surgiu em meio à indignação pública e investigações por negligência no atendimento.
20 funcionários são demitidos de UPA onde homem morreu aguardando atendimento; médicos estão na lista
A morte de José Augusto Mota da Silva, de 32 anos, na UPA da Cidade de Deus no Rio de Janeiro, provocou grande consternação. José faleceu sentado em uma cadeira da recepção, após ser triado com queixas de fortes dores e enquanto ainda aguardava por atendimento médico.
O caso levou a uma onda de indignação tanto online quanto na comunidade local. Em resposta, a prefeitura do Rio tomou a decisão severa de demitir 20 funcionários envolvidos no atendimento de José no dia de sua morte.
O secretário de Saúde, Daniel Soranz, ao confirmar as demissões, incluiu entre os desligados médicos e enfermeiros que estavam de plantão, destacando a gravidade do descaso com o paciente. Ele enfatizou que era inaceitável a falta de atenção à severidade do caso de José. “É inadmissível não perceberem a gravidade do caso”, declarou um dia após o falecimento.
Uma testemunha que estava presente no local expressou seu descontentamento e aponta o descaso como causa da tragédia. “O homem chegou aqui gritando de dor, e só o atenderam depois que ele morreu. Isso é uma ruindade, uma ruindade, todos são culpados”, relatou a testemunha.
Os encaminhamentos seguintes incluem uma sindicância pela prefeitura e possíveis denúncias aos conselhos profissionais dos envolvidos. Além disso, o caso está sob investigação tanto pela Polícia Civil quanto pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), que busca esclarecer as circunstâncias e responsabilidades no atendimento de José.
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