‘Essas pessoas que estavam de plantão na UPA são monstros’, desabafa sobrinha de homem que não resistiu enquanto aguardava atendimento

José Augusto Mota da Silva, um homem de 32 anos, faleceu enquanto esperava por atendimento médico em uma UPA no Rio de Janeiro, gerando grande indignação entre familiares e a comunidade. A falta de atendimento adequado é apontada como causa de sua morte, e medidas administrativas foram anunciadas contra a equipe envolvida.

Dec 16, 2024 - 16:46
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‘Essas pessoas que estavam de plantão na UPA são monstros’, desabafa sobrinha de homem que não resistiu enquanto aguardava atendimento

José Augusto Mota da Silva, um homem de 32 anos, trabalhava como garçom e fazia artesanatos, morador da Mogi Guaçu. Ele faleceu em circunstâncias trágicas enquanto esperava atendimento na Unidade de Pronto Antendimento (UPA) da Cidade de Deus, no Rio de Janeiro.

José teve seu último contato com a família na quarta-feira, 11 de dezembro, queixando-se de severas dores abdominais e havia marcado uma consulta médica. Contudo, na madrugada de sábado, 14 de novembro, a família foi surpreendida com a notícia de seu falecimento. A princípio pensaram ser uma brincadeira de mau gosto, mas a morte foi confirmada depois que um amigo entrou em contato através das redes sociais.

Negligência no Atendimento

Testemunhas relatam que José chegou à UPA gritando de dor, mas não foi atendido adequadamente. Um vídeo que circulou nas redes sociais evidenciou a revolta das pessoas presentes. A sobrinha de José, Emily Larissa, manifestou a dor da família com palavras fortes: “Ele poderia estar vivo. Essas pessoas que estavam de plantão na UPA são monstros. Vamos processar a prefeitura.”

Diante dos acontecimentos, o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, anunciou a demissão de toda a equipe de plantão, que também responderá a uma sindicância e será denunciada aos conselhos de classe relevantes.

O laudo do Instituto Médico-Legal não esclareceu a causa da morte, e estão previstos exames laboratoriais adicionais.

Vivendo no Rio

Residente no Rio desde 2012, José conciliava seu emprego noturno como garçom em um restaurante na Barra da Tijuca com a venda de artesanato na praia ao longo do dia. Ele se mudou para o estado após o falecimento de sua mãe, um evento que o afetou profundamente. Recentemente, ele estava vivendo sozinho em Rio das Pedras, após terminar um relacionamento.

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